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03 abril, 2009

Palavras ao chão



Palavras atacam-nos em profusão...
Como ser sem o mostrar?
Como demonstrar sem explicitar?
O que  se esconde de oculto nada tem, 
reverbera, entrincheirado numa vã tentativa
de fugir da claridade plena
das rosas em maço, dos abraços, dos lugares desejados,
estes que nada dizem do embaraço de ser somente o que se é.

Aceitação?, palavras jogam-nos no chão...
Vazias de significados, grávidas de estereótipos
Paridas de preconceito, ferem-nos as palavras.

Dormimos, acordamos, mas olhos abertos só depois do desatino.
Perceber, acolher, enfim aceitar e
reconhecer a pura beleza.
E não mais nos acovardarmos frente as palavras.

São elas agora o alimento da dor que nos devorava.
Plenas e paridas da alegria de sermos todas 
E apenas uma.

Tatiana Mamede e Carolina Garcia, em alguma tergiversação no msn em  2008.

Deleite-se ouvindo Luz dos olhos - Cássia Eller, escolha da Carol, e aproveite para se deleitar aqui também, com Plush, Stone Temple Pilots, versão acústica, minha opção.

2 comentários:

Carol disse...

"O que se esconde de oculto nada tem" perfeito!!!
Adoroooooooooooooooooooooo

Unknown disse...

Carol, tudo que a gente faz é perfeito! :)