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01 agosto, 2006

Movimento



Foto: Photonica

Ardo.
Grito
Emudeço.
Desapareço.
Renovo.

Das asas da borboleta
fino pó de vida se espalha
pelo campo fluido do Tempo.

Ardo.
Balbucio.
Retorno.
Recomeço.

Com seu leve zigue-zaguear
a bela libélula espalha no Vento
o Amor do meu sustento.

Ardo.
Afago.
Vento.
Eu.
Meu peito.
Todos no mesmo sujeito.

O leve farfalhar da brisa
acaricia as folhas das heras.
Delicadas, etéreas,
contam-me histórias de outros momentos.

Ardo.
Ouço.
Sinto.
Vivo.

Ouvidos abertos, sinto a canção do Tempo.
Amigo, leva-me pelas mãos
abre meus Portais.
Levando-me segura ao meu próximo
movimento.

Ardo.

Tatiana Mamede.

Deleite-se ouvindo Dragonfly - The Mission

3 comentários:

Nika disse...

Linda, linda, como sempre amo suas poesias!!!

(Sobre a música do Senna, quem mandou dormir cedo, na última noite da fogueira na Fazenda Larguinha? hehehehe. Vou pedir para a Tia Mel a letra, aí vou postar tb!)

Bjos e saudades!!!

Anônimo disse...

hahaha!
Peçam pro Malhado! Ele sabe a letra melhor do que eu.
:D

Saudades das tuas postagens... pra variar, indiscutivelmente excelente!

Malhado disse...

Canto a música pra vcs um dia desses. Lembrem-me!!!

Sobre o post:

Esse texto me fez lembrar da minha fadinha-borboleta!!! Amei!