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23 junho, 2006

Anônimo

Foto: Eryk Fitkau

Tempo pequeno
para bater no seu ombro,
cair no seu papo,
ficar no seu colo.

Sentir os meios tons de tê-lo
por crédito, aluguel e débito.

Não estar, não ser.
E ainda assim permanecer.
Anônimo prazer.

Caminhando no tempo perdido
das brincadeiras inconseqüentes,
dos abraços nada inocentes,
dos beijos ardentes...

E em meio
à fumaça envolvente
Sumir. E reaparecer.
E em outro pequeno tempo
deixar me perder.

Tatiana Mamede.

Deleite-se ouvindo Solidão que nada - Cazuza

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