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Foto:Photonica
Há dias uma poesia se hospeda
Na garganta.
Faz vezes de querer ser expelida,
Mas não se desaconchega
Do espaço entre a glote e a mão
Não salta para tela,
Nega-se à caneta!
Fica natimorta
entre carótidas e jugulares.
Estas palavras que não se revelam
Ainda hão de matar o poeta.
Incompleto ele será encontrado
Inerte ao lado de vírgulas e
Pontos sem par,
De exclamações sem versos e
Da pálida inspiração desencantada.
Tatiana Mamede.
Deleite-se ouvindo A palavra certa - Herbert Vianna
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